Diferentemente dos jovens que buscam o primeiro emprego e que enfrentam todo tipo de dificuldades, aqueles formados em cursos técnicos são, de forma geral, bem-sucedidos. Em muitos casos, eles não vão atrás das empresas. São as empresas que os procuram.
Bruno Carvalho da Paixão, de 20 anos, está no 4º semestre - último - do curso de telecomunicações da Escola Senai Roberto Simonsen e conseguiu um emprego efetivo na área. No caso de Paixão, havia a vaga efetiva e ele foi escolhido. “É confortável não procurar emprego. Com o tempo, ganhamos mais confiança”, diz.
O jovem resolveu fazer o curso técnico depois de terminar o 3º colegial. “Adoro novidades. Tive indicações dos amigos, muitos deles já empregados, e o incentivo da família. Gosto do que faço e pretendo fazer faculdade nesta área”, declara.
Já Daniel Aparecido Rodrigues da Silva Aguilar, 24 anos, que conclui o curso de mecânica de precisão na Escola Senai Suíço-Brasileira, ainda não arrumou estágio, mas tem certeza de que conseguirá uma oportunidade. “Não estou fazendo estágio agora porque estudo no período da tarde e fica mais difícil”, declara.
Aguilar conta que seguiu as recomendações de seu pai – ferramenteiro aposentado. “Tinha dificuldade em conseguir emprego. Trabalho desde os 14 anos e fui empacotador, repositor, balconista de medicamentos e motoboy. Agora este curso abre novas possibilidades. Pretendo fazer faculdade nesta área”, declara.
No Cefet – SP (Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo) formam-se cerca de 400 pessoas por ano. “Não possuímos estatísticas. Entretanto, nossos alunos conseguem estágios no final do curso, sem muita dificuldade”, diz Garabed Kenchian, diretor geral.
A estatística mostra que, após um ano de conclusão, 83,9% dos egressos dos cursos técnicos estão empregados.
A gerente de atendimento do Centro de Solidariedade ao Trabalhador, Sandra Império, afirma que o curso técnico influencia muito a decisão das empresas na contratação de funcionários. “Existem mais vagas disponíveis para quem tem cursos técnicos. A contratação destes profissionais é mais rápida porque as empresas preferem quem tem curso técnico àqueles que têm apenas o colegial. Elas sabem que estes profissionais têm experiência adquirida no estágio e podem prepará-los do seu jeito, ou seja, de acordo com a cultura da empresa.
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