A baixa escolaridade é o principal nó que impede a contratação de trabalhadores, segundo Ricardo Pereira da Silva, gerente de captação de vagas do Centro de Solidariedade da Força Sindical. Silva explica que geralmente no final de ano as empresas disponibilizam muitas vagas. No entanto, muitas não são preenchidas porque os desempregados não estão no perfil exigido pelos empregadores.
Silva declara que a idade e o tempo de experiência são itens negociáveis, mas a escolaridade não. E a maioria dos empregadores exige 2º grau completo. O Centro seleciona e envia, em média, três candidatos para disputar uma vaga. Em algumas empresas são enviados cinco candidatos a uma vaga.
Outro problema, diz Silva é que "as empresas exigem cada vez mais e pagam pouco". Em alguns casos, o trabalhador chega a desistir da vaga, mesmo que tenha sido aprovado, porque conta muito com os benefícios. Por exemplo, plano de saúde para que ele possa incluir os filhos.
Na prefeitura de São Paulo, que possui o Centro de Apoio ao Trabalhador nos bairros de Interlagos e Itaquera, os principais problemas para conseguir trabalho aos desempregados cadastrados são a capacitação e qualificação.
"É grande a diferença entre o que o empregador exige e o perfil do desempregado cadastrado", diz Carlos Augusto Bin, coordenador do Programa São Paulo Inclusão. "O trabalhador tem até o ensino médio, mas não tem conhecimento de windows ou word", declara. Bin informa que os centros atendem em média 2 mil pessoas por dia e apenas 15% são admitidas pelas empresas.
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